quinta-feira, 25 de agosto de 2011

despi a pele, deixando-me em osso, eu nua, eu crúa. mostro-te uma realidade por entre pétalas de flor-de-cerejeira e azuis turquesa deste mundo imaginário, em que verdes prados em pranto estão, e em pranto me deixam. riachos a que demos vida. queria mostrar-te que o meu coração bate, ainda bate, não preciso de pele para esconder isso, nem para as lágrimas. elas não me permitem a sede de te ter e gelam-me as entranhas como se precisasse de frio para desacelerar este músculo que bate no meu peito, e magoa. já perdi o dom da palavra meu amor, o meu cheiro perdeu-se com a minha pele, assim como toda a minha textura que em tempos gostaste, tempos em que me amaste.

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