quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Que hei-de fazer com esta minha mente que me aprisiona, que constantemente me faz questionar coisas que quero saber, mas que não tenho resposta. Mói-me e corrói-me, acredita que o faz - ácido, é pior que ácido! - queima-me as entranhas ver olhos que me deturpam os pensamentos, os sentimentos, que me faz crescer veneno - substância letal que se espalha, lentamente, muito lentamente - e do nada, mata! Não me mata a mim, mata-nos a nós. E eu? E nós? Que havemos de fazer? Que faço? Por mais filtro que o fígado seja, estraguei o meu, naquelas noites de melancolia, em que era eu e a garrafa a meu lado, a ser o que sei ser de melhor, uma chaminé. E o porquê da melancolia? Por tua culpa, consciência! Mantens-me presa, entre jaulas de cigarros com a ameaça de que me matas numa banheira de álcool, porque é esse o meu ponto fraco, porque só tu, e apenas tu sabes os meus pontos fracos.

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