segunda-feira, 28 de março de 2011


não existe certo ou errado, é mentira quando te dizem que tens escolha.
erro em tudo o que tenho e não tenho, pelo que tanto quis ou não pude escolher. perdi noções de tempo, de loucura, de amor. morri de amor.
gostava de estar com ele. apenas isso, bastava. já não basta.
esqueceste-me algures no passado, perdi-me então no futuro. insignificância do presente.
num dia, mero dia, qualquer dia - dá-me espaço - para mais uma vez ganhar noções, de tempo, de loucura, de amor.

vou embora.
para onde?
para longe do teu caminho.
cansaste-te de andar a meu lado?
não, cansei-me de andar sozinha.

domingo, 20 de março de 2011

antes de te partires, parti-me eu. reluzente cristal, admirava-te e desejava-te, tão ardentemente que me tornava frágil e outrora tão gélida que ninguém me ousou pegar. ansiava pelo dia que me enchesses, queria saber-te a doçura ou a acidez, poder sentir-te dentro de mim e com o passar do tempo, dos anos, conhecer o teu melhor, nada de pior... apenas o teu melhor. mas anos se passaram, fiz a minha introspecção e concluí, não por te saber, não por de te alguma maneira saborear, que eras sobejo para mim, que cristal não te basta, que eu não te basto. parti-me, partiste-te.
agora sou cacos, que não reluzem, tenho pó, e mais uma vez - assim como ninguém me encheu -ninguém me fará resplandecer. suprimiu-se-me o valor e vendeu-se-me a alma ao diabo, se é que a tive.

quarta-feira, 16 de março de 2011


credo. as saudades que de ti tenho. pus-me a lembrar e sabes como é a memória, apanha-nos sempre desprevenidos... e lembrei-me de coisas, mulher.
tu lembras-te? de quando lias para mim? eu gostava e nunca te disse, mas eu gostava mesmo. tens uma voz doce e embalavas-me. adorava olhar para os teus lábios enquanto dizias os l's daquela tua maneira, enquanto ternurosamente soletravas cada palavra seguida de um humedecer dos lábios. e os teus lábios? também me lembro deles, hão-de sempre ser, os melhores lábios que alguma vez beijei... sinto falta deles. e continuo a pensar, naquilo que perdi pela minha ignorância, no melhor que tive, e que perdi. acho que só agora terminei o Nosso raciocínio "porquê que não me olhas nos olhos", lembras-te? eu acho que foi porque... porque nunca quis ver o que tinha, o quão belo era o que tinha, e que agora vejo, que agora não tenho. - estou com sede, mata-me esta sede de te ter. - sinto falta daquela impressão que me deixavas na barriga sempre que te via entrar pela porta com, ora olhos reluzentes ora olhos zangados, significavam sempre alguma coisa mais, deixavam-me sempre nervoso. quero dormir a teu lado, também preciso disso, deixa-me pegar em ti, deixa-me falar-te ao ouvido - dizer-te que te desejo - agarra-me! beija-me! abraça-me! cruza o teu corpo no meu, deixa-me ouvir o 'shlap shlap'. hoje sou teu, amanhã és minha. puderá ser? cansemo-nos de prazer, adormece sobre mim.

negas-me a vontade, negas-me o desejo, não me queres, já não és minha. e eu, ainda hoje sou teu.
o teu nome, ainda murmura no silêncio do meu coração.

terça-feira, 1 de março de 2011


there's no such thing like the prince charming. there's charm, and there's princes. you can't have a prince. so, fuck it, i've never wanted to be a princess.