domingo, 24 de outubro de 2010


"Porque não compreendes que sou pequena, que tenho muita alma, que sou muito ingénua,que quero ser feliz e que tu não deixas? Porque me fazes a mim, criança, lidar com coisas que não quero, ouvir coisas que não gosto, sentir coisas que desprezo, ver coisas que chocam, ter problemas que nego? Porque fazes uma tempestade num copo de água? Porque fazes de uma gota de água uma tempestade? Porque fazes de uma brisa um tornado? Porque fazes das coisas simples uma complicação? Porque tornas o amor numa coisa tão má? Será assim tão mau dizer que te amo, porque foste tu que me criaste, mas tão mau que a linha entre esse amor e o ódio se tornou tão transparente que os meus sentimentos se misturam? Tu gostas mais da garrafa do que de mim, e eu sempre gostei mais de ti do que da minha boneca, mas agora já não, agora porque me deixas sozinha? Porque deixas que os outros me levem para longe de ti? Eu amo-te e odeio-te, mas se fico sem ti não sei por onde me virar, foste tu que me ensinaste a brincar. Oh pai não vês que sou uma criança, não vês que sou pequenina? Oh pai, não vás, não vás..."

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