segunda-feira, 18 de outubro de 2010





Soubesses tu o quanto me deixas sem jeito, numa bagunça que nem me consigo arrumar. Viras-me do avesso. Quando me vejo ao espelho vejo as veias que me percorrem todo o corpo, se gosto do que vejo? Nem sei que te diga.
Estou numa conformidade que decidi criar um mundo desumano, onde tripas são coração e o resto dos órgãos... não são vitais, são apenas sobras daquilo que decidiste, por alguma razão, deixar ficar.
Leva-me e lava-me a alma, se é que ainda me resta um pouco dela. Sinto-me translúcida, num estado que não sou nem água nem ar, sou simplesmente nada. E nada, nada daqui para fora antes que te magoe, antes que te corte com o ar, antes que a minha água apague o teu fogo, antes que o teu fogo me queime o ar, me queime a mim, antes que me consumas, antes que me mates.

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